SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Inspirado na Casa Branca, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), concederá entrevistas coletivas, de preferência, no jardim do Palácio dos Bandeirantes.
Nesta quarta-feira (16), o tucano, que é pré-candidato à Presidência da República, estreou o novo cenário com uma estrutura metálica, revestida por tecidos e uma parte do gramado reforçada por tapetes verdes.
Também foram instalados, no jardim, telão e divisórias feitas em peças de acrílicos entre os palanques de cada entrevistado, além de ventiladores e toda a infraestrutura para equipes de comunicação operarem a captura de imagens e sons da entrevista.
A ideia, que foi sugerida por marqueteiros que auxiliam o tucano, não animou boa parte dos funcionários do Palácio dos Bandeirantes, acostumados com a coletiva em um saguão de grande porte e com a estrutura pronta.
Em nota enviada à reportagem, o governo de São Paulo afirma que “a alteração do local das coletivas de imprensa visa valorizar os diferentes espaços disponíveis no Palácio dos Bandeirantes”.
“O local foi alterado para um ambiente ainda mais amplo em benefício do bem-estar e conforto de todos, inclusive de jornalistas que cobrem as coletivas de imprensa”, diz a nota.
Outro motivo, segundo a nota do governo, “é que a decisão busca atender os protocolos de segurança do público visitante, bem como dos profissionais de imprensa que acompanham diariamente os dados sobre a pandemia em São Paulo.”
Desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, Doria tem realizado coletivas quase que semanalmente. Esta foi a primeira, porém, ao ar livre e no jardim do palácio, no Morumbi.
Pela manhã, horas antes de Doria abrir a entrevista nesta quarta, houve correria para definir os últimos ajustes do evento. O primeiro minuto da entrevista teve ao menos um problema técnico, a falta de som. Internautas reclamaram nas plataformas do Facebook e do YouTube onde o governo possui canais oficiais.
A falta de som prejudicou o momento em que Doria anunciava a principal novidade da entrevista: a campanha de vacinação contra a Covid-19 nas escolas das redes públicas (municipal e estadual) e particulares em todo o estado.
A assessoria de imprensa do governo afirma que não houve nenhum custo adicional pela instalação da estrutura no jardim.
“Já fizemos várias coletivas em locais diversos, como algumas mais recentes no Instituto Butantan, em unidades de saúde e escolas. Todos os eventos são realizados pela empresa licitada e os valores estão dentro deste contrato, que é público e está no Diário Oficial”, escreveu a Secretaria Especial de Comunicação.