A França disputa neste domingo (18) diante da Argentina a sua quarta final nas últimas sete edições de Copa do Mundo. Os torcedores franceses esperam que o encerramento seja como em 1998 e 2018, quando os Bleus ergueram a taça. Em 2006, amargaram o vice-campeonato ao serem derrotados pela Itália.
| Foto: Gustavo Carneiro
Em Londrina, o francês Daniel Bussi conta as horas para o duelo que pode garantir o tricampeonato aos franceses. Bussi nasceu em Grenoble, nos Alpes franceses, e casou com uma londrinense na França. O casal se mudou para Londrina em 2001 e trouxe a filha de apenas cinco meses.
“Minha filha é tão fã da França como eu. Ela tem 22 anos hoje e sabe realmente de tudo que envolve a seleção francesa”, citou Bussi, que é professor de francês e músico. Como Zazou Wave se apresenta em Londrina e região com um repertório de música francesa, internacional, além de adaptações de músicas brasileiras em francês.
Daniel ressalta que o grande mérito do time de Didier Deschamps foi se manter competitivo mesmo diante de tantos desfalques por lesão. A França chegou ao Catar sem grandes nomes como Benzema, Pogba e Kanté. “A França continua muito forte e com uma capacidade mental e estratégica muito boa. Além da qualidade, me agrada a tranquilidade com que o time joga”, frisou.
O londrinense reconhece que a final de domingo deve ser muito mais difícil do que há quatro anos, quando a França venceu a Croácia por 4 a 2 na decisão. “Até naquele jogo acredito que a Croácia tenha chegado bem cansada fisicamente. A Argentina é um time muito forte, que começou mal, mas que cresceu muito durante a Copa”, apontou.
A final em Doha colocará frente a frente dois dos maiores jogadores do mundo e que são companheiros de clube, o PSG. De um lado Lionel Messi, sete vezes escolhido o melhor do mundo, e do outro Kylian Mbappé, que pode ser tornar bicampeão mundial com apenas 23 anos.
“O Messi jogou mais até aqui na Copa. O Mbappé foi discreto nos dois últimos jogos. Mas mesmo sem ele brilhar, a França conseguiu o que prova que é menos dependente do Mbappé. Já do outro lado, acredito que a Argentina depende demais do Messi”, comentou. “E espero que o Dembélé, que está devendo, apareça e que o Rabiot – que não jogou a semifinal, em razão de um quadro de gripe -, volte ao time. Mas a final será 50 a 50. O vencedor vai ganhar por pouco”.
E o londrinense de coração torce pelo seu conterrâneo Giroud, que nasceu na localidade de Froges, vizinha de Grenoble, onde o centroavante francês se profissionalizou. “Um amigo foi treinador do Giroud na juventude. É um grande atacante e espero que ele marque na final”. Olivier Giroud já fez quatro gols no Catar e se tornou o maior artilheiro da história da seleção francesa, com 53 gols.
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