Trabalhadores do transporte coletivo em Londrina pedem reajuste de 6,5%

O Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina) inicia na madrugada de segunda-feira (12), a partir das 4h, a coleta de assinaturas dos funcionários do transporte público urbano de Londrina para dar o aval a uma proposta de aumento salarial, que já foi apresentada às empresas LondriSul e Transporte Coletivo Grande Londrina, e o resultado da discussão foi obtido por meio de várias reuniões.

De madrugada, o sindicato fará a coleta das assinaturas nas portas das garagens das duas empresas e no período da tarde haverá coleta de assinaturas nos terminais urbanos, além de manter urnas itinerantes. A apuração da votação será feita a partir das 16h de segunda. Um boletim informativo já foi emitido para todos os trabalhadores sobre essa negociação.

A proposta que consta no boletim é de um aumento de 6,5% para eliminar as perdas inflacionárias e a falta de reajustes por dois anos, e a elevação de R$ 450 para R$ 590 o valor pago no tíquete alimentação.  A média salarial dos trabalhadores, segundo o sindicato, é de R$ 3.060.

O valor foi baseado no pedido de recuperação das perdas salariais que ocorreram entre os anos de 2020 e 2021 para o trabalhador por conta da pandemia de Covid-19, período em que também não houve reposição salarial. O sindicato pede a reposição da perda de 31% no valor do tíquete alimentação também pelas perdas ocorridas durante a pandemia.

Segundo informações do sindicato, a empresa TCGL (Transporte Coletivo Grande Londrina) tem cerca de 800 funcionários e a Londrisul possui 500. Conforme dados apresentados pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) aos vereadores em outubro, o número de viagens mensais no transporte coletivo de Londrina cresceu de 1,69 milhão em janeiro de 2022 para 2,43 milhões em setembro.

LEIA TAMBÉM:

= Gratuidade no transporte coletivo de Londrina vai custar R$ 12 milhões

De acordo com a diretoria do Sinttrol, a supressão das reposições e reajustes afetaram o poder aquisitivo dos trabalhadores, e tudo ocorreu por conta da Medida Provisória 936, que criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, prevendo redução de jornadas e salários do quadro de pessoal pelas empresas com a cobertura, pelo seguro-desemprego, de 25% a 75% do rendimento dos trabalhadores.

Da mesma forma, os trabalhadores querem a renovação das condições pré-existentes de acordos trabalhistas por meio de convenção coletiva, além da manutenção da PPR (Programa de Participação nos Resultados). 

EMPRESAS E CMTU

A reportagem procurou as assessorias de imprensa das duas empresas que operam na cidade para saber se a proposta pode desencadear um pedido de aumento na tarifa de ônibus na cidade e a Londrisul respondeu que daria o retorno na segunda-feira (12) sobre o assunto. Já a assessoria da Grande Londrina não respondeu o pedido até o fechamento. O valor da tarifa na cidade é R$ 4. 

A assessoria da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) afirmou que  só acompanhou as reuniões entre os trabalhadores e as empresas e, como é uma negociação entre empregadores e funcionários, disse que não vai se manifestar.

***

Receba nossas notícias direto no seu celular. Envie também suas fotos para a seção ‘A cidade fala’. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *