Os servidores da Assuel (Sindicato dos Técnicos-Administrativos da UEL) aprovaram nesta quinta-feira (8) estado de greve contra o projeto de lei 522/2020, que se aprovado pela Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), vai permitir a contratação de fundações privadas para gestão dos hospitais universitários no Estado.
As assembleias foram realizadas em dois períodos: pela manhã no Hospital das Clínicas (HC), e na parte da tarde a decisão da categoria foi corroborada na votação realizada no HU (Hospital Universitário).
“Se o projeto é benéfico, o governo Ratinho Junior tem que ter segurança para discutir com a sociedade antes de votar na Assembleia . Por que a urgência em aprovar sem a participação de superintendentes dos hospitais, servidores, pacientes e a comunidade em geral?”, questionou o presidente da Assuel, Marcelo Seabra.
De autoria do Executivo paranaense, o projeto foi enviado em regime de urgência para apreciação dos deputados estaduais, mas diante da repercussão negativa, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa adiou a votação da proposta sobre a Gestão dos Hospitais Universitários Estaduais.
Os sindicalistas prometem aumentar a pressão no início da próxima semana. Uma audiência pública deve ocorrer na segunda-feira (12), a partir das 9h, a pedido do deputado Tadeu Veneri (PT) para discussão do projeto que foi alvo de protestos de funcionários em todo o Estado.
Apesar da liderança do governo na Assembleia ter aceitado alterar o projeto, após reunião com os diretores dos hospitais, para que a decisão de terceirizar o serviço tenha que ser autorizada pela direção de cada HU, Seabra afirmou que o “ideal” é a retirada de pauta do projeto.
Na próxima quinta-feira (15), os funcionários do HC e do HU participam de mais um dia de assembleias da Assuel para definir se paralisam as atividades ou se suspendem o estado de greve, dependendo da tramitação do projeto do governo de privatização do setor.
Receba nossas notícias direto no seu celular. Envie também suas fotos para a seção ‘A cidade fala’. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.