Celia Catussi assume a presidência do Sinduscon

A engenheira civil e executiva do setor da construção civil Celia Catussi assume, a partir de 1 de janeiro de 2023, a presidência do Sinduscon (Sindicato da Construção Civil) Paraná Norte. Ela substitui Sandro Nóbrega na liderança da entidade na qual já atuava como segunda vice-presidente. Ao ocupar a função, Catussi não apenas passa a gerir umas das mais importantes instituições da sociedade civil organizada de Londrina e região, mas também escreve seu nome na história como a primeira mulher a exercer o cargo. Ao seu lado, assumem também, como primeiro e segunda vice-presidentes, o ex-presidente do Sinduscon e empresário Gerson Guariente e a empresária Roberta Alves Nunes Mansano, respectivamente.

“É um prazer, um orgulho e uma satisfação ser a primeira mulher a assumir a liderança, principalmente entendendo o sindicato como uma representatividade dentro de uma região muito importante”, disse Catussi. Ser eleita para exercer a principal função dentro da entidade que representa um setor ainda majoritariamente masculino, avaliou, é o reflexo do amadurecimento da sociedade, da maturidade dos associados e também da diretoria, que acreditaram no trabalho e na liderança femininos. “Me sinto privilegiada e agradecida por Londrina ser tão inovadora e dinâmica. Tão atenta às tendências de não se importar com o gênero, mas do quanto pode contribuir para a cidade. É um caminho que não tem volta, é uma honra.”

Catussi destaca os três principais pilares que deverão nortear o seu trabalho à frente do sindicato no próximo triênio. A inovação é o primeiro citado por ela. O Sinduscon, por meio do hub de inovação, já vem trabalhando com satart ups, buscando mais tecnologias para o setor, e a presidente eleita afirma que irá manter o foco nessa questão e atender a demanda por novas ferramentas que contribuam para melhorar o desempenho da construção civil.

O Sinduscon também deverá manter a sua atenção voltada a uma questão que há alguns anos preocupa empresários e investidores, que é a falta de mão de obra qualificada. “Tenho pedido, através da nossa federação, junto à Fiep, Sesi e Senai, ferramentas para qualificar, aumentar a produtividade, trazer mais escolas, envolver esses profissionais”, ressaltou a presidente eleita.

Há uma grande expectativa em relação ao crescimento da economia do país, na qual a construção civil desempenha um papel de grande destaque, com um dos maiores índices de empregabilidade, mas para que as boas perspectivas se confirmem, é fundamental ter profissionais capacitados. “A construção civil cresceu nos últimos anos, mesmo com a pandemia, e a gente acredita na continuidade desse crescimento. O novo governo deve incentivar a construção civil e precisamos estar bem atentos. Estamos com programas para capacitar, mas também para atrair novos profissionais.”

A continuidade do trabalho iniciado pela atual diretoria para capacitação da mão de obra passa por treinamentos, incentivos a escolas especializadas e requer também a colaboração de entidades trabalhistas, como o Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Londrina), chamado a auxiliar nesse processo.

O terceiro pilar e o que deverá exigir um grande empenho do sindicato, aponta Catussi, é a aprovação do novo Plano Diretor do município. “Como sindicato, tentamos auxiliar e colocar nossas sugestões no Plano Diretor. Temos nossa expectativa, como sociedade, e também na área técnica. Temos hoje uma equipe que está participando das audiências. A gente quer participar e ser ouvido, contribuir com nossa experiência de 36 anos de sindicato, onde ajuda a gerar riquezas, impostos e crescimento para o município.”

A presidente eleita do Sinduscon vê com bons olhos a maior participação de entidades e associações na construção do novo Plano Diretor, o que atribui ao amadurecimento da cidade. “O Plano Diretor norteará a vida do cidadão pelos próximos dez anos.”

A Câmara Municipal de Londrina votou a lei geral do novo Plano Diretor, mas ainda faltam ser votadas as leis complementares, como a Lei de Uso e Ocupação do Solo, o Código de Posturas e a Lei do Perímetro Urbano. Nenhuma delas chegou ao legislativo até agora. O Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) tem realizado audiências públicas para coletar sugestões da sociedade antes de apresentar uma proposta dessas leis complementares.

Catussi assume a presidência do Sinduscon ao mesmo tempo em que um novo presidente passa a governar o Brasil. A expectativa, disse ela, é de que seja um momento de crescimento para a construção civil, mesmo com um grande aumento de custos. “A gente acredita e espera que os próximos anos sejam positivos para o setor, mas (a confirmação) dessa expectativa, óbvio, vai depender muito do novo governo porque a construção civil depende de fatores da economia, como juros e inflação. A gente precisa sempre pensar positivo. A pandemia foi um exemplo bem prático porque mesmo em uma situação adversa, o setor imobiliário cresceu. Esperamos que esse ciclo positivo continue.”

Celia Catussi formou-se em engenharia civil em 1984, na Escola de Engenharia Kennedy, em Belo Horizonte (MG). Mudou-se para Londrina em 1988 e há mais de 20 anos atua na Plaenge, onde atualmente exerce o cargo de superintendente de Novos Negócios. Da direção do Sinduscon ela participa há mais de dez anos.

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