Baila, Brasil!

A dança puxada por Neymar, Vini Jr., Paquetá e Raphinha foi a marca na comemoração dos quatros gols da seleção brasileira sobre a Coreia do Sul. Dançar após gols é um ritual no futebol brasileiro e representa a alegria do país pentacampeão mundial. Não podia ter uma comemoração mais adequada para coroar a grande atuação do Brasil, a melhor na Copa do Catar até aqui, e a passagem com muita confiança para as quartas de final. 

|  Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP 

A dancinha representa também um tapa na cara dos racistas. Recentemente, Vini Jr. foi obrigado a ouvir na imprensa espanhola que ele precisava parar de fazer macaquices em campo, em alusão as suas comemorações nos gols. E coube justamente ao garoto preto, da periferia e ídolo do Real Madrid abrir o caminho da vitória brasileira, marcando o seu primeiro gol em Copa do Mundo. Foi, aliás, um belo gol, após linda jogada de Raphinha, que finalmente jogou bem no Catar. 

A partir daí o Brasil colocou em campo toda a sua superioridade e não deu nenhuma chance aos esforçados sul-coreanos. Com dez minutos, a Seleção fazia 2 a 0, com Neymar cobrando pênalti. O craque brasileiro se igualou a Pelé e Ronaldo como os únicos três jogadores do país a marcar em três edições de Copas. Melhor do que isso para o Brasil é que Neymar voltou bem do ponto de vista físico e mostrou estar completamente recuperado da lesão no tornozelo. 

Os gols de Richarlison e Paquetá ainda no primeiro tempo foram uma consequência do bom futebol apresentado e de um time que não quis dar oportunidade de reação ao rival. A atuação foi tão convincente na primeira etapa que até o técnico Tite, normalmente sisudo e de poucos sorrisos, se permitiu participar da festa do terceiro gol e fazer a “dança do pombo” ao lado do camisa 9, o artilheiro brasileiro em Doha.

O Brasil precisava de uma grande atuação na Copa e ela veio, mesmo reconhecendo que o rival não está, nem de longe, no panteão das grandes seleções do mundo. O próximo também não. O caminho brasileiro é menos tortuoso do que o dos rivais e, por isso, ir mais longe é possível. Quem sabe chegar vivo lá no dia 18. 

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