EDITORIAL: Os recordes do Pix

O pagamento da primeira parcela do 13º salário, no último dia 30, marcou um novo recorde de transações do Pix em um único dia. Foram realizadas 99,4 milhões operações, de acordo com o Banco Central.

Com dois anos de vida, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central tornou-se o modelo de transferência de dinheiro e pagamento mais usado no país. O recorde anterior havia sido registrado no dia 7 de outubro deste ano, quando foram realizadas 93,6 milhões de transações.

Até outubro deste ano,o Pix tinha sido responsável por mais de 28 bilhões de transações e pela movimentação de aproximadamente R$ 14 trilhões.

Nestes 24 meses, o sistema conta com mais de 138 milhões de usuários cadastrados. De acordo com os dados mais recentes, de outubro, são 523 milhões de chaves registradas, como emails, CPFs e números de celular, sendo que cada usuário pode ter mais de uma chave.

Transferências entre pessoas ainda são a maior fatia das transações (67%), mas pagamentos de pessoas para empresas ganham relevância a cada mês – houve um salto de 5% para 23% das operações. O chamado “business to business” responde por apenas 3% do número de transações, mas alcançou 37% do volume de recursos.

O pix caiu na preferência do brasileiro e não foi à toa que o sistema acabou entrando forte na pauta das eleições para presidente da República, realizadas em outubro. Em campanha para a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar em comício em Campinas (SP), no dia 24 de setembro, que o seu governo havia criado o modelo de pagamento instantâneo. Na verdade, o Pix foi criado na administração de Michel Temer, mas devido ao tempo de desenvolvimento, acabou sendo colocado em prática em 2020. 

Também foram muitas as fake news tratando sobre a taxação das transações via Pix. Por enquanto, nada confirmado. Mesmo porque a ideia do Pix é beneficiar o usuário, com a rapidez nas operações sem custo e com a promessa de aumentar a competitividade entre os bancos e até entre o varejo, que poderiam praticar preços menores e conquistarem mais clientes incentivando novos hábitos de pagamento e consumo. 

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