A taxa de transmissão da Covid-19 saltou em Londrina de 0,55, no dia 1º de novembro, para 1,05, em 22 do mesmo mês, na última contagem feita pela secretaria municipal de Saúde. Este índice indica para quantas pessoas alguém infectado pode transmitir o vírus. Uma taxa de um, por exemplo, significa que 100 pacientes contaminados disseminam em média para, pelo menos, mais 105 pessoas.
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Além disso, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), quando o índice está acima de um demonstra que a propagação do coronavírus está em crescimento. “Fizemos reunião técnica com o nosso grupo de especialistas e os dados indicadores mostram de forma consolidada um aumento iminente em relação à circulação da Covid-19 em Londrina nas últimas quatro semanas seguidas”, alertou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde.
Machado ponderou que a maioria dos casos tem sido leve. “São pessoas sem necessidade de hospitalização, mas as nossas unidades já sentem esse movimento grande de pessoas. É em busca de atendimento, na maioria das vezes, para fazer o teste, tirar dúvidas para saber se está é ou não com a Covid”, explicou. A taxa de positivação da doença varia de 30% a 40%, dependendo da unidade de saúde.
Na terça-feira (29), de 90 pacientes que fizeram teste de Covid-19 na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do jardim do Sol, 40 testaram positivo. O secretário rechaçou a possibilidade de adotar novas medidas restritivas e ressaltou que o momento é de reforçar a vacina. “As pessoas sabem as maneiras corretas de enfrentar a Covid. Não há nenhuma previsão em relação a decreto com restrições, mas sim a questão da orientação e conscientização para que as pessoas possam se vacinar e cuidar. Além disso, se está gripado, fique em casa, use máscara, busque o serviço de saúde”, elencou.
A secretaria de Saúde garantiu que a rede tem conseguido suportar o aumento de casos com a atual estrutura. “Nós vamos ter que aprender a conviver com a Covid-19, que é vírus que não vai sumir. Continuamos monitorando o cenário. Se porventura alguma situação epidemiológica justificar alguma alteração em relação à nossa rede de atendimento, evidentemente que nós vamos fazer”, afirmou. Boletim divulgado na última sexta-feira (25) mostrou que a cidade teve 873 novos casos em uma semana.
MUTIRÃO
Para tentar frear a disparada da doença, a pasta vai promover no sábado (3) um novo mutirão de vacinação, principalmente da 4º dose para londrinenses com 18 anos ou mais. Serão ofertadas quatro mil doses nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) do Maria Cecília, zona norte, Santa Rita, oeste, Ouro Branco, sul, e no Centrolab, centro, das 7h às 19h.
Os interessados terão que fazer o agendamento no site da prefeitura (londrina.pr.gov.br/). Para diminuir o número de faltosos, o município lançou o “botão do cancelamento” para aqueles que marcarem, mas não conseguirem comparecer. “Vamos colocar 20% a mais do que a nossa capacidade usual de atendimento para que possamos corrigir a questão de faltosos. O objetivo é que vacinemos quatro mil londrinenses adultos”. Londrina tem 131.832 moradores imunizados com a quarta dose.
VACINA EM CRIANÇAS
A vacinação de crianças a partir de seis meses e menores de três anos continua engatinhando na cidade. Dos 1.500 meninos e meninas cadastrados, apenas 422 foram levados pelas famílias para receber a dose baby. A expectativa é de que nesta sexta-feira (2) cheguem mais 700 doses. A aplicação é por meio de agendamento via internet e durante a semana diretamente nas unidades de saúde.
“O PAI (Pronto Atendimento Infantil) não é uma das unidades que observamos aumento na procura, mas evidente que as crianças sempre são uma preocupação, até mesmo por conta da dificuldade de manter algumas medidas. Tem o convívio coletivo nas escolas, dificuldade de usar máscara e isso acaba tornando-as mais suscetíveis e potenciais transmissoras para outros grupos de pessoas”, explicou.
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