São Paulo – Escolhido por Tite para ser o capitão da seleção brasileira na Copa do Catar, Thiago Silva, 38, declarou em entrevista à Fifa que a disputa deste torneio é um objetivo que traçou em sua vida quatro anos atrás, no dia seguinte à eliminação do Brasil pela Bélgica do Mundial de 2018.
“Desde o primeiro dia após a derrota da Bélgica na Rússia, estabeleci como meta jogar mais uma Copa do Mundo”, afirmou o zagueiro, o mais velho atleta do país a atuar em Copas. “E consegui.”
É a terceira vez que Thiago Silva recebe a braçadeira de capitão em Copa do Mundo, usada sempre por um jogador de reconhecida liderança técnica e/ou motivacional.
A primeira foi em 2014, na Copa no Brasil, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, e a segunda no Mundial russo, competição em que Tite implementou um rodízio de capitães.
Thiago Silva ficou com a braçadeira na Rússia nas vitórias sobre Costa Rica, na fase de grupos, e México, nas oitavas de final, ambas por 2 a 0.
Com ele como capitão, o Brasil registra oito vitórias e uma derrota em Copas do Mundo.
Além das vitórias em 2018 -na queda ante a Bélgica era outro zagueiro, Miranda, quem usava a tarja-, o ex-jogador do Fluminense, atualmente no Chelsea (Inglaterra), capitaneou a seleção na estreia no Mundial catariano e em seis jogos da Copa de 2014.
Seu único revés no Mundial brasileiro registrou-se na disputa do terceiro lugar, quando o time nacional, ainda sob o abalo do 7 a 1 para a Alemanha na semifinal, atuou sem todos os titulares.
No maior vexame da história da seleção brasileira, contra os alemães na semifinal, Thiago Silva ficou fora por suspensão, causada pelo cartão amarelo recebido diante da Colômbia, nas quartas de final. O capitão nessa partida foi o zagueiro David Luiz.
Na entrevista à entidade máxima do futebol, o camisa 3 da seleção (usou esse mesmo número em 2014 e o 2 em 2018) afirmou que, depois de pendurar as chuteiras, pensa em se tornar treinador de futebol.
“Pode ser o caminho que seguirei depois de terminar minha carreira de jogador. Esse pode ser o próximo capítulo da minha história.”
Ele enumerou também os zagueiros que passou a admirar enquanto crescia no futebol (Juan, ex-Flamengo e seleção, Maldini e Nesta, ídolos do Milan) e treinadores que considera importantes no decorrer de sua carreira, não deixando de mencionar o atual chefe na seleção.
“Minha admiração por certos treinadores, como Carlo Ancelotti [atual técnico do Real Madrid], Tite e Thomas Tuchel [ex-Chelsea, hoje sem clube], é bem conhecida.”
E sobre a possibilidade do Brasil de conquistar o hexacampeonato? Mostrou otimismo.
“Acho que estamos mais maduros [em relação à equipe de 2018]. Somos um grupo muito forte e muito focado em atingir o nosso objetivo.”
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