São Paulo – O atual secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, aceitou convite do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) para comandar a educação em São Paulo.
Pessoas próximas a Feder disseram à Folha que ele já informou o governador Ratinho Júnior (PSD) que deixará o cargo. O nome de Feder deverá ser confirmado a partir da próxima semana, e ele assumirá a pasta em janeiro.
O comando da secretaria estadual de São Paulo, a maior rede de ensino pública do país, dá a Feder a visibilidade que ele busca há anos.
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Conforme adiantou a Folha, seu nome estava entre os mais cotados desde que Tarcísio venceu a eleição. A equipe avalia que a educação paulista tem problemas graves, como a falta de professores, por isso a pasta precisa ser comandada por alguém que já tenha experiência com grandes redes de ensino.
Empresário da área de tecnologia, Feder está há quatro anos como secretário de Ratinho Júnior e conseguiu colocar as escolas estaduais paranaenses entre as com melhor desempenho na última edição do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), o que chamou a atenção da equipe de Tarcísio.
As políticas adotadas por Feder no Paraná estão alinhadas a interesses de fundações e empresários da área. No fim de outubro, por exemplo, o governo paranaense abriu um edital para contratar empresas que vão gerir 27 escolas estaduais, a partir do próximo ano.
Feder também foi responsável por implementar um sistema de teleaulas para alunos do ensino médio para contornar a falta de professores no estado e aumentar a oferta de ensino técnico.
Sua alianças políticas também agradam à ala bolsonarista, já que Feder promoveu uma ampliação de escolas militares no Paraná.
Feder nasceu em São Paulo, possui mestrado m Economia pela USP (Universidade de São Paulo) e graduação em Administração pela FGV (Fundação Getulio Vargas). No setor privado, ele se destacou como proprietário da empresa Multilaser.
Considerado liberal, Feder chegou a defender a privatização do ensino e a extinção do Ministério da Educação. Em julho de 2020, ele foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser ministro da Educação após a saída de Abraham Weintraub.
A indicação não foi adiante na época por causa da relação próxima que Feder teve com o então governador de São Paulo, João Doria (que era do PSDB
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