Isabel, ícone do vôlei, morre dias após entrar no grupo de transição

Morreu nesta quarta-feira (16) a ex-jogadora de vôlei e vôlei de praia Isabel Salgado, a Isabel do Vôlei, aos 62 anos. Na segunda-feira, ela havia sido incluída no grupo de transição do esporte. Naquele dia, já não estava bem. Ontem foi diagnosticada com uma bactéria no pulmão, e hoje faleceu de madrugada.

|  Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV 

A morte foi confirmada pela produtora de cinema Paula Barreto, em mensagem no grupo Esporte Pela Democracia. “Fiz um call com ela na segunda-feira. Ela estava super gripada. Falei para ela ir a um hospital, ela me disse que já tinha ido e testado negativo para Covid. Na segunda à noite foi dormir passou mal. Deixou para ir para o hospital Sírio na terça de manhã. Quando acordou na terça já estava bem pior. Internou no Sírio já no CTI. Detectaram uma bactéria que já tinha tomado todo o pulmão. Foi entubada e teve uma parada cardíaca às 4h da manhã de hoje”, escreveu Paula. À coluna, a produtora informou que recebeu a informação da irmã da Isabel, Inês, que é figurinista de um filme que ela está rodando.

Isabel foi a primeira estrela do vôlei feminino brasileiro. Carioca da gema, garota de Ipanema, ela começou a carreira nas categorias de base do Flamengo. Com 16 anos, já era titular do clube rubro-negro e não tardou a chegar à seleção brasileira, levando o Brasil aos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, e de Los Angeles, em 1984.

Ela foi pioneira quando se tornou a primeira mulher brasileira a jogar profissionalmente no exterior, ainda uma novidade em uma época em que o vôlei começava a se profissionalizar no Brasil. Depois, ela abriu caminho para o vôlei de praia no Brasil, sendo pioneira no Circuito Mundial, quando a modalidade chegava ao programa olímpico. Em 1994, chegou a ganhar, com Roseli, uma etapa em Miami.

Naquela época, ela já era mãe. Seus três filhos tiveram carreira sólida no vôlei de praia. Carol Solberg é uma das favoritas a ir aos Jogos de Paris -atualmente atua com Bárbara. Seu filho Pedro foi bronze no Mundial de 2015 e campeão do circuito mundial em 2008. Maria Clara, a filha mais velha, de 39 anos, se aposentou. Na juventude, ganhou três medalhas em Mundiais de base.

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