A Stone resolveu se desfazer de cerca de 20% da posição que detinha no Banco Inter, realizando um prejuízo de 65% se comparado o preço com que se desfez do papel como preço do que comprou no ano passado. Mas os investidores parece que não se importaram com essa perda e ficaram felizes com os resultados do balanço. O lucro líquido ajustado da Stone ficou em 132 milhões de reais. Os analistas do Itaú, por exemplo, esperavam um lucro ajustado de 108 milhões de reais. Os papéis da Stone disparam 16% na Nasdaq nesta sexta-feira, 3. Além disso, a empresa também anunciou que ao vender parte de sua participação no banco Inter não vai mais marcar as perdas com o título em seu balanço. Contabilmente, o Inter fez a Stone registrar prejuízo no primeiro trimestre do ano.
Mas notícia é o que não tem faltado sobre a Stone nos últimos dias. Durante a semana, o acionista majoritário e um dos fundadores, Eduardo Pontes, abriu mão de controlar a companhia, o que deixou os investidores confusos. Os papéis chegaram a cair 3% na quarta-feira. Na prática, a empresa passa a não ter um controlador definido. O que isso vai significar para a fintech, que chegou a perder 90% de seu valor desde que atingiu o seu pico na Nasdaq, ainda é uma incógnita.
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