Como o Auxílio Emergencial salvou os índices de inadimplência do Nubank 

O Nubank divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2022 reportando um prejuízo de cerca de 45 milhões de dólares. A boa notícia é que foi um prejuízo menor do que o primeiro trimestre de 2021 quando registrou perdas de 49 milhões de dólares. Mas o que chamou a atenção no resultado da instituição foi o crescimento da inadimplência da carteira de crédito. O índice que mede os atrasos acima de 90 dias cresceu 0,7 ponto percentual para 4,2% e o índice com atrasos entre 15 e 90 dias subiu de 2,6% para 3,7%. O Nubank diz que se fossem ajustados pela sazonalidade e mix de produtos, os índices teriam subido apenas 0,3 ponto e no caso dos atrasos abaixo de 90 dias teria ficado inalterado.

Mas as notas explicativas do balanço contam como o Auxílio Emergencial foi responsável pela redução da inadimplência no período e como melhoraram os índices de risco da instituição. Entretanto, o próprio Nubank nota que com a queda dos valores pagos pelo governo ao longo de 2021 aumentou o risco da carteira de crédito, fazendo voltar aos níveis pré-pandemia. O índice de inadimplência com atraso acima de 90 dias chegou ao pico no segundo trimestre de 2020 aos 6,1% e caiu a 2,7% no primeiro trimestre de 2021, subindo ao longo do ano e agora chegando aos 4,2%. O Nubank tem hoje quase 60 milhões de clientes sendo 40 milhões de clientes ativos. 

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