O relacionamento entre o bilionário Elon Musk e o Twitter, um laço cheio de amor e ódio, tem tido muitas reviravoltas nos últimos tempos, como o processo movido por acionistas da empresa. No capítulo mais recente, Musk fez uma oferta para comprar o microblog por cerca de 43 bilhões de dólares. No documento protocolado junto à Securities and Exchange Commission, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, Musk disse não ter “confiança na administração” e que não poderia fazer as mudanças que queria no mercado público de ações.
O preço de oferta de Musk de US$ 54,20 por ação, que foi divulgado em um documento regulatório na quinta-feira, representa um prêmio de 54% em relação ao fechamento do Twitter em 1º de abril, o último dia de negociação antes que a participação de mais de 9% do CEO da Tesla na empresa fosse tornou-se público. O valor total do negócio foi calculado com base em 763,58 milhões de ações em circulação, segundo dados da Refinitiv.
No início desta semana, Musk rejeitou uma oferta para ingressar no conselho do Twitter, depois de divulgar sua participação na empresa, uma medida que, segundo analistas, sinalizava sua intenção de assumir a empresa, pois um assento no conselho limitaria sua participação a pouco menos de 15%. “Desde que fiz meu investimento, agora percebo que a empresa não prosperará nem atenderá a esse imperativo social em sua forma atual”, disse Musk em carta ao presidente do Twitter, Bret Taylor. “O Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada. Esta é minha melhor oferta, e final, e se não for aceita precisarei reconsiderar minha posição como acionista.”
Musk acumulou mais de 80 milhões de seguidores desde que ingressou no site em 2009 e usou a plataforma para fazer vários anúncios, incluindo um acordo de privatização para Tesla que o colocou em apuros com os reguladores. Musk disse que o Morgan Stanley foi o consultor financeiro da oferta.