SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Durante seu discurso para a Otan (aliança militar ocidental) nesta quinta-feira (24), o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, acusou a Rússia de usar bombas de fósforo branco nos ataques ao território ucraniano.
“Nesta manhã houve [ataques com] bombas de fósforo, e novamente morreram adultos e crianças”, disse Zelenski, sem especificar onde teria sido o bombardeio e qual o número de vítimas civis.
Autoridades do país já haviam dito que Moscou tem empregado esse tipo de munição, que não é proibido por tratados internacionais, ainda que condenado por organizações de direitos humanos.
Similares a armas incendiárias estas sim proibidas em áreas com civis, munições de fósforo branco causam graves ferimentos, uma vez que a substância é solúvel em gordura e, assim, queima profundamente a carne humana.
Caso fragmentos entrem na corrente sanguínea, pode haver falência múltipla de órgãos, e feridas já cobertas também podem reabrir quando os curativos são retirados e o local fica exposto ao oxigênio.
Uma vez que foi projetada para criar uma cortina de fumaça, e não para ser usada contra civis, a munição fica de fora do tratado internacional que proíbe o uso de armas incendiárias em locais com civis. Organizações como a Human Rights Watch pedem que o documento seja revisto.
Entre outras medidas anunciadas, a Otan se comprometeu com o envio de equipamento para proteger a Ucrânia contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.