Só os inseguros nunca mudam de opinião.
A vida toma novos caminhos. As situações evoluem. As percepções se alteram.
Tecnologia, mercados, concorrentes etc ditam tendências novas nos negócios.Na política tudo é instável.
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Logo, nada há de errado em abandonar uma antiga visão ou posição, ou mesmo uma decisão. Adaptação permanente é requisito de sobrevivência.Se o navio ruma em direção aos rochedos, é preciso ajustar o curso, você concorda? Às vezes, até dar uma reviravolta completa. Quero dizer que, mesmo tendo investido fortemente em determinada estratégia, é preciso identificar e reconhecer os vieses, mudar de rumo e partir para outra, se for necessário.
Eu compreendo a necessidade de ser coerente. Isto dá a impressão de solidez e constância.A coerência tranquiliza subordinados e colegas, deixa uma impressão de liderança cinematográfica. Mas a coerência é condição sine qua non para os propósitos da vida. Quando se trata de alcançar um objetivo, uma meta, a estratégia e as táticas têm de mudar conforme as circunstâncias.
A promoção para uma nova função, por exemplo, exige um aumento no repertório de comportamentos do promovido. Isto é desenvolvimento.Se a natureza fosse coerente, a evolução jamais teria acontecido. Vida é adaptação. Vida é mudança, e não coerência e constância.
A Kodak talvez tenha sido coerente ao insistir no velho filme fotográfico quando o mundo já havia evoluído para a tecnologia digital. Sofreu as consequências de sua coerência.Ao longo de uma existência, a inflexibilidade em nome da coerência pode até ser suportável. Mas no mundo dos negócios, ela pode ser fatal.
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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.
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