Argentina e França deixaram as zebras para trás, os problemas internos e confirmaram a condição de favoritas para chegar a final da Copa do Mundo no domingo (18), às 12h, no estádio Lusail, em Doha. O lado que deixar o Catar com a taça nas mãos será o mais novo tricampeão mundial de futebol.
Enquanto os hermanos tiveram que superar uma inesperada derrota logo na estreia para a limitada Arábia Saudita, os franceses tiveram que lidar com inúmeras lesões, inclusive com a do melhor jogador do mundo, Karim Benzema, ás vésperas do início do Mundial. Mas com Messi cada vez mais líder e decisivo e com Mbappé cada vez mais imparável, os rivais foram passando um por um por pelos adversários até a final. A sexta da história da Argentina. A quarte em sete edições da França.
A Argentina finalista do Mundial nasceu no vestiário do Mineirão, em 3 de julho de 2019. Na derrota para o Brasil na semifinal da Copa América daquele ano, jogadores disseram ter notado que algo se formava. Nomes experientes como o zagueiro Nicolás Otamendi descreveram um sentimento de “pertencer” a um processo novo, diferente dos anteriores na seleção.Depois de ser batida por 2 a 0, a seleção iniciou uma sequência invicta de 36 partidas, série encerrada apenas pela Arábia Saudita, na estreia no Catar.
A versão maradoniana de Lionel Messi, tão citada no Catar, nasceu naquela noite em Belo Horizonte. Ele afirmou que o torneio estava “acertado” para o Brasil vencer. Acusou a Conmebol de corrupção e reclamou que a Argentina não poderia fazer parte daquilo.Foi o nascimento do Messi que intimidou o atacante holandês Weghorst com o “que mirá, bobo?”, frase que torcedores no Catar estão imprimindo em suas camisas da seleção. Tornou-se um símbolo do país no Mundial.Dois anos depois, em 2021, a Argentina voltaria ao Brasil para a Copa América e derrotaria os donos da casa por 1 a 0 na final, no Maracanã.
A França, moldada por uma formação multiétnica, modelo que já rendeu os títulos de 1998 e 2018, aposta também no trabalho de Didier Deschamps, que está no comando da seleção há 10 anos. O treinador pode chegar a incrível marca de ser campeão como jogador e duas vezes como treinador. Em caso de título, a França vai igualar Itália e Brasil, os dois únicos bicampeões de forma consecutiva.
Se a França vencer, Mbappé chegará ao seu segundo título mundial com apenas 23 anos e terá boas chances no futuro de igualar Pelé como o único jogador a vencer três Copas do Mundo.
A decisão também será o palco dos grandes goleadores deste Mundial. Messi e Mbappé chegam à final como os artilheiros da competição. Ambos já marcaram cinco gols até aqui. Eles são seguidos de perto por seus companheiros de ataque de seleção. O argentino Julian Alvarez e o francês Olivier Giroud fizeram quatro gols cada um no torneio. (Com Folhapress e France Presse)
FICHA TÉCNICA
EM LUSAIL
ARGENTINA
Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Tagliafico; Paredes, De Paul, Enzo Fernández e Mac Allister; Messi e Julián Álvarez. Técnico: Lionel Scaloni
FRANÇA
Lloris; Koundé, Varane, Konaté (Upamecano) e Theo Hernandez; Tchouameni, Rabiot e Griezmann; Dembélé, Mbappé e Giroud. Técnico: Didier Deschamps
Árbitro: Szymon Marciniak (POL)
Local: estádio Lusail
Horário: 12h
Transmissão: Rede Globo, SporTV, Globoplay e Cazé TV (YouTube).