A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já pode licenciar estações do 5G em 15 municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes, entre eles Londrina.
As operadoras de telefonia móvel que adquiriram lotes na faixa de 3,5 GHz já podem fazer as solicitações desde esta quinta-feira (15). após a liberação do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3700 MHz.
A antecipação da liberação segue diretrizes do Edital do 5G e foi possível porque a Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) já iniciou a migração da recepção do sinal de televisão aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na banda C satelital para a banda Ku e conclui as ações necessárias para a desocupação desta faixa por sistemas do Serviço Fixo por Satélite (FSS), tendo instalado os filtros para a mitigação de interferências em todas as estações do FSS impactadas.
Em reportagem publicada na edição desta sexta-feira (16) por esta Folha, as operadoras informaram que ainda não há previsão para o serviço ficar disponível aos usuários.
A explicação técnica que envolve os passos até que o tráfego de dados seja realmente em outro patamar não é muito fácil para o leigo entender, mas as consequências da novidade na vida das pessoas, famílias e empresas são inquestionáveis e muito aguardadas.
A expectativa é que com o 5G sejam criados negócios em diversas áreas, como inteligência artificial, processamento de dados, indústria, logística, transporte, saúde, educação e agronegócio, entre outras. Isso porque a velocidade da tecnologia é 100 vezes superior à tecnologia 4G e tem mais agilidade de resposta entre um comando e a execução da ação.
Outra vantagem é que, por ser mais estável, a tecnologia é mais barata para as operadoras e gasta menos energia.
De acordo com informações do Ministério das Comunicações, dos R$ 47 bilhões arrecadados no leilão do 5G, R$ 5 bilhões foram para os cofres do governo e R$ 42 bilhões serão investidos em infraestrutura nos próximos oito anos.
O fato de Londrina sair na frente neste processo de implantação da nova tecnologia é um diferencial importante para ratificar a cidade como um centro avançado de tecnologia em uma região que precisa adaptar rapidamente sua matriz econômica e explorar seu enorme potencial de polo do conhecimento.
Em breve, será possível compreender a relevância deste marco zero na história econômica da região, marcada pela incomum capacidade de adaptação e reinvenção na sua curta história de menos de 100 anos.
Por toda consciência do poder público e da sociedade civil sobre a urgência e pertinência deste novo ciclo, não há motivos para duvidar que as sementes de uma smart city próspera e influente estão prestes a germinar.
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