SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Céline Gounder, viúva de Grant Wahl, divulgou a causa da morte do jornalista norte-americano: ruptura de um aneurisma da aorta ascendente algo ligado a hipertensão arterial não detectado e de crescimento lento com hemopericárdio. A nota foi publicada na manhã desta quarta-feira (14).
Grant Wahl faleceu, aos 49 anos, durante o jogo entre Argentina e Holanda, pelas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, na última sexta-feira (9). Segundo autópsia feita pelo New York City Medical Examiner’s Office, não teve relação com Covid-19 ou situação vacinal.
“Uma autópsia foi realizada pelo New York City Medical Examiner’s Office. Grant morreu da ruptura de um aneurisma da aorta ascendente não detectado e de crescimento lento com hemopericárdio. A pressão no peito que sentiu pouco antes de sua morte pode ter representado os sintomas iniciais. Nenhuma quantidade de RCP ou choques o teria salvado. Sua morte não teve relação com a COVID. Sua morte não teve relação com a situação vacinal. Não havia nada nefasto sobre sua morte”, consta na publicação divulgada pela esposa de Grant Wahl.
“Em primeiro lugar, em meu nome e de nossa família, quero expressar nossa mais profunda gratidão pelo apoio, amor e simpatia de todo o mundo. Continua sendo um momento muito difícil e doloroso enquanto lamentamos a morte de um amado marido, irmão e amigo. É um certo consolo saber que tantas pessoas que Grant alcançou inúmeros colegas, leitores, atletas, treinadores, amigos e fãs – estão ao nosso lado”, diz outro trecho da nota.
Após sofrer um mal súbito enquanto cobria partida nas tribunas de imprensa do Estádio Lusail, foi feita massagem cardíaca no jornalista até a chegada dos paramédicos no local, depois foi levado a um hospital próximo, mas não resistiu e morreu. Inicialmente, a causa do falecimento de Grant não havia sido divulgada.
Na postagem, a esposa de Wahl, uma importante médica nos EUA, revela detalhes mais particulares do jornalista, comentando sobre suas qualidades e seus gostos pessoais além de sua profissão.
“Enquanto o mundo conhecia Grant como um grande jornalista, nós o conhecíamos como um homem que abordava o mundo com franqueza e amor. Grant era um marido, irmão, tio e filho incrivelmente empático, dedicado e amoroso, que era nosso maior companheiro de equipe e fã. Apreciaremos para sempre o presente de sua vida; compartilhar sua companhia era nosso maior amor e fonte de alegria. Grant selecionou amigos de todas as culturas e estilos de vida, para quem ele era um ouvinte generoso, um entusiasta, um defensor dos outros. Conhecer Grant era conhecer um verdadeiro homem renascentista: ele era infinitamente curioso sobre o mundo e um amante da literatura, arte, música, comida e vinho”, escreve Gounder.
“Um serviço memorial para celebrar a vida de Grant está sendo planejado e os detalhes serão divulgados”, concluiu.