Comunidades de quatro colégios de Londrina desaprovam terceirização

Os quatro colégios estaduais de Londrina selecionados para terem a administração terceirizada ao setor privado votaram majoritariamente contra o projeto “Parceiro da Escola”, proposto pelo governo do Paraná. A consulta pública aconteceu entre os dias 5 e 7 de dezembro, de maneira presencial e também on-line. 

De acordo com os números obtidos com exclusividade pela reportagem, o colégio estadual Professora Roseli Piotto Roehrig (conjunto José Giordano – zona norte) registrou 380 votos válidos, sendo 325 contrários à medida e 55 favoráveis. 

O colégio estadual Professora Rina Maria de Jesus Francovig (jardim Campos Elíseos – zonasul) anotou 347 votos contrários e 43 favoráveis.

Tanto a comunidade escolar do Roseli Piotto quanto a do Rina Francovig conseguiram atingir o quórum mínimo e não terão a administração entregue ao setor privado de maneira definitiva. 

Já os colégios estaduais Professora Lucia Barros (conjunto Manoel Gonçalves – zona norte) e Professora  Olympia Tormenta (conjunto João Paz – zona norte) terão que passar por uma nova consulta popular. Com 1.049 alunos matriculados, o Lucia Barros registrou apenas 438 votos válidos, sendo 305 contrários ao projeto e 133 favoráveis. O Olympia Tormenta, com 1.077 alunos, anotou 420 discordantes e 104 favoráveis. 

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APENAS DOIS A FAVOR

De acordo com a fonte consultada, apenas dois colégios, dos 27 selecionados no Paraná, votaram a favor do projeto “Parceiro da Escola”, que propõe a terceirização da administração de colégios públicos para empresas privadas. Com a ação, o governo, ao invés de destinar a verba de R$ 800 por aluno aos diretores das instituições de ensino, como faz atualmente, passaria a entregar o montante a uma empresa, que ficaria responsável pela gestão das necessidades da escola. 

A presidente do APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, comemorou o resultado. “Quero parabenizar todos nós, trabalhadores da educação que estamos nas direções da APP-Sindicato, professores, funcionários das escolas, estudantes e todos das comunidades escolares que bravamente defenderam que a escola pública continue sendo pública, do povo. Vencemos uma etapa dessa luta contra o desmonte das escolas e do Estado público. A luta continua e será sempre um prazer estar ao lado de todos e todas vocês na luta e no esperançar de um mundo melhor”, disse. 

*Sob supervisão de Luís Fernando Wiltemburg 

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