São Paulo – Em um jogo equilibrado, muito disputado e cheio de gols, a Suíça começou ganhando, levou a virada, foi atrás do empate e virou a partida contra a Sérvia.
Com o resultado no estádio 974, em Doha, a Suíça (6 pontos) terminou à frente da Sérvia (1 ponto) e de Camarões (4 pontos), que ganhou dos reservas do Brasil (6 pontos) em Lusail (1 a 0). Os brasileiros ficaram à frente dos suíços no saldo de gols.
Quatro dos cinco gols saíram no primeiro tempo. O meia-atacante Shaqiri, o melhor jogador dos suíços e que ficou no banco na derrota (1 a 0) para os brasileiros, abriu o placar, chutando de canhota de dentro da área. A bola desviou em Pavlovic e tirou a chance de defesa do goleiro Milinkovic-Savic.
Shaqiri celebrou com o dedo em riste, na frente da boca, como se pedisse silêncio aos rivais, em provável alusão à questão política envolvendo o Kosovo, região que em 2008 declarou-se independente da Sérvia, que não reconhece isso. A família do jogador suíço tem raízes no Kosovo.
Precisando derrotar a Suíça para ter chance de não parar na fase de grupos da Copa, o treinador Dragan Stojkovic resolveu ousar no ataque, e funcionou provisoriamente.
Pela primeira vez no Mundial, os temidos centroavantes Mitrovic, 28, de 1,89 m, e Vlahovic, 22, de 1,90 m, foram escalados juntos desde o começo do jogo.
Atleta do Fulham (Inglaterra), Mitrovic, que é o maior goleador da história da seleção sérvia (iniciou a partida com 51 gols), foi titular diante de Brasil e Camarões. Vlahovic, da Juventus (Itália), entrou no segundo tempo na estreia e ficou na reserva contra os camaroneses.
Os dois marcaram na primeira etapa. Mitrovic fez primeiro, de cabeça, e Vlahovic acertou um chute de esquerda, de dentro da área -o camisa 18 colocou o dedo indicador na frente da boca, como em resposta ao ato anterior de Shaqiri.
Frios, os suíços não pareceram abalados mesmo com dois desfalques (o goleiro Sommer e o zagueiro Elvedi, doentes) e, perto do fim da etapa, igualaram com Embolo -o segundo gol dele no Mundial.
E, no segundo tempo, em jogada bem trabalhada pela direita, que culminou com aparição surpresa na área do volante Freuler, a Suíça tomou novamente a dianteira no placar para não mais perdê-la.
É a terceira vez nas últimas quatro Copas que a Sérvia, que não se classificou para a de 2014, no Brasil, despede-se precocemente da competição.
A Suíça, que já vencera os sérvios na fase de grupos no Mundial de 2018, vai aos mata-matas pela terceira vez nas quatro Copas mais recentes -sempre parou nas oitavas.
O rival dos suíços no mata-mata, na terça-feira (6), é Portugal, de Cristiano Ronaldo, campeão do Grupo H mesmo com derrota na rodada final para a Coreia do Sul.
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SÉRVIA
Vanja Milinkovic-Savic (Nemanja Maksimovic); Milenkovic, Veljkovic (Nemanja Gudelj) e Pavlovic; Zivkovic (Nemanja Radonjic), Sergej Milinkovic-Savic, Lukic e Kostic; Tadic (Filip Djuricic); Mitrovic e Vlahovic (Luka Jovic). T.: Dragan Stojković;
SUÍÇA
Kobel; Widmer. Akanji, Schar e Rodríguez; Freuler e Xhaka; Shaqiri (Edimilson Fernandes), Sow (Denis Zakaria) e Rúben Vargas; Embolo (Noah Okafor). T.: Murat Yakın;
Estádio: 974, em Doha (Catar)
Horário: Às 16h (de Brasília) desta sexta-feira (2)
Árbitro: Fernando Rapallini (Argentina)
VAR: Julio Bascuñán (Chile)
Cartões amarelos: Silvan Widmer, Ruben Vargas, Granit Xhaka, Fabian Schär (SUI). Strahinja Pavlovic, Predrag Rajovic, Nikola Milenkovic (SER)
Gols: Xherdan Shaqiri (SUI), aos 20′, Aleksandar Mitrovic (SER), aos 26′, Dusan Vlahovic (SER), aos 35′, e Breel Embolo (SUI), aos 44’/1° T. Remo Freuler, aos 3’/2° T
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