Um universo de conhecimento, os jogos da Copa do Mundo de 2022 são fonte de estudo de diferentes assuntos que integram a grade curricular. Na rede municipal de ensino, é vista como oportunidade de conhecimento. Sim, por detrás do esporte e do entretenimento, lições para todas as idades. O país de origem de cada time participante, sua localização, hábitos culturais, as cores e significado da bandeira, bem como a ascensão do futebol para as comunidades e seus ídolos.
De longe, dá para sentir o clima. As escolas estão vestidas das cores da bandeira do Brasil e, além de estarem decoradas com bandeiras e arcos com objetivo de valorização do nosso País, também trazem as bandeiras dos demais países que levaram suas delegações para campeonato de futebol masculino e que reúne referências no esporte.
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O SONHO DE SER JOGADOR
Nas aulas de Educação Física da Escola Municipal Luiz Marques, localizada no Distrito do Espírito Santo, o tema futebol foi trazido à tona em razão da Copa e um dos aspectos abordados é o profissionalismo dos atletas. De acordo com a coordenadora da unidade, Inderlinda Yeda Graciano de Souza Maria, os alunos já compreendem que um atleta precisa de muita disciplina, comprometimento e responsabilidade. “E estudar”, enfatiza a coordenadora.
Alunos da Escola Municipal Luiz Marques, do distrito do Espírito Santo, trabalharam também com informações sobre o Catar | Foto: Divulgação
Democrático, o futebol pode ser praticado por todos: “Demanda muito esforço físico e preparo emocional e nós como educadores reforçamos a necessidade de estudar, pois o esporte não dispensa o estudo”, orienta. Assim, os alunos compreendem que o sonho de ser um grande jogador de futebol é possível. “Mas a disciplina é essencial”, enfatiza Maria.
A coordenadora explica também que a Copa é motivo de expectativa para a maioria das turmas, já que dos alunos de 1 a 11 anos de idade, muitos estão acompanhando a primeira Copa. “Estão conhecendo e entendendo. Alguns já estão vestindo as camisetas do Brasil e percebendo que além do time de futebol da cidade, que é o Londrina, tem um ainda maior para torcer”, comenta.
Assim, os professores da escola observam que, para cada ano, a necessidade de uma atividade diferenciada. Enquanto os anos iniciais realizaram as pinturas de bolas dentro dos estudos de Geometria, os alunos do EJA – Educação para Jovens e Adultos – estão produzindo textos do gênero informativo. “O que é Copa, onde fica o Catar, a distância do Brasil, as peculiaridades e aspectos culturais do país-sede”, explica a coordenadora.
O AFETO PELO PAÍS
A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Neman Sahyun, Fabiane Cristina Pirola Dias, também considera que a Copa do Mundo oferece um universo de possibilidades no que diz respeito aos estudos. Assim, todas as turmas, em seus diferentes níveis de desenvolvimento, produziram materiais com a temática.
Os cartazes com a bandeira do Brasil cercada de corações foram feitos pelos alunos do 1º ano. Associada à disciplina de Matemática, podemos ver os trabalhos com as tabulações e cruzamentos de dados com os jogos do Brasil e os times adversários. Há ainda pesquisa sobre a mascote e sobre o país sede, sua cultura, costumes e localização.
Alunos da Escola Municipal Escola Municipal Neman Sahyun trabalharam com tabulações da Copa, cruzando dados de jogos do Brasil e dos times adversários | Foto: Divulgação
Os 320 alunos matriculados na Escola Municipal Neman Sahyun são oriundos do Jardim Paraíso, Alto da Boa Vista, Ouro Verde e consideram o futebol um esporte popular e acessível. “Eles estão atentos a essa movimentação da Copa e recentemente tivemos um campeonato de futsal inclusive com as meninas jogando”, conta a coordenadora da unidade.
Segundo Dias, a Copa é de fato um acontecimento e muitas informações compartilhadas nesse momento são de interesse comum e despertam para várias áreas de formação. “Ser patriota, ter espírito esportivo, senso de coletividade são qualidades dar oportunidade para que sejam colocadas em prática é válido”, pensa Dias.
EM CAMPO PARA APRENDER
A professora Maria Angélica Marchini leciona as disciplinas de História e Geografia na Escola Municipal Carlos Dietz, região Oeste de Londrina, para alunos do P5 ao 3º ano. Ela confirma que o evento mundial de futebol tem sido bastante proveitoso do ponto de vista pedagógico.
O ânimo dos alunos tem funcionado como verdadeiro combustível para a realização de tarefas. “Separamos momentos para que fizessem a troca de figurinhas repetidas e o álbum está sendo usado para estudarmos as particularidades de cada seleção”, explica. A bandeira e os símbolos de cada nação se transformaram em lições na rotina escolar”, expõe.
O trabalho conjunto entre as diferentes disciplinas permite que os alunos aprendam e também vivam a Copa como um momento de esportivo e de entretenimento. Em campo, a criatividade dos professores é destaque. “Pelas bandeiras, estudaram a localização dos países, o território e a diversidade cultural”, explica Marchini.
Atentos à tabela de pontuação, jogo a jogo os alunos aperfeiçoam os seus conhecimentos. “Nesse trabalho, o objetivo também é que aprendam sobre as nomenclaturas como pentacampeão e hexa”, cita Marchini. “É um trabalho conjunto com as professoras regentes e a experiência tem sido bastante positiva”, divide.
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