A vitória histórica da seleção japonesa contra a alemã repercutiu no Brasil entre a comunidade nipônica e descendentes que residem por aqui. O vice-presidente da Acel (Associação Cultural e Esportiva de Londrina), Luciano Matsumoto, ficou feliz da vida. “Nós, como nipo-brasileiros, temos ligação forte com a terra natal de nossos ancestrais. Somos privilegiados por torcer não somente para a nossa seleção brasileira, mas também para a seleção japonesa.”
O meio-campista Ritsu Doan (C) celebra com seus colegas após marcar o primeiro gol do Japão sobre a Alemanha. | Foto: Anne-Christine Poujoulat/ AFP
Ele disse que a alegria se deve não somente pelo placar do jogo, mas também pela excelente apresentação que o Japão teve contra os tetracampeões mundiais. “A ligação do Japão e do Brasil no futebol é muito forte, com vários brasileiros atuando na J-League e com muitos mentores, como o Zico, que contribuiu muito com o desenvolvimento do futebol japonês.” Ele espera que Brasil e Japão possam se enfrentar nas fases posteriores.
A editora e produtora Ana Suzuki relatou à FOLHA que após a partida participou de uma reunião com japoneses natos que estão no Brasil. “Estamos produzindo uma matéria sobre a Copa e a reunião começava às 12 horas, mas eles estavam tão felizes que pediram para atrasar 10 minutos para poderem se recompor”, contou.
A jornalista japonesa Chitose Nakagawa, correspondente da Kyodo News, comentou que muitos japoneses receberam a estreia vitoriosa da seleção japonesa com muita surpresa e alegria. “Agora temos muita esperança para as partidas contra Costa Rica e Espanha.” Seu colega de empresa é o jornalista nipo-argentino Ariel Morikone, que viveu o drama da Argentina perder para a Arábia Saudita, também de virada, e depois assistiu à vitória do Japão sobre a Alemanha. “Estou com um sentimento bipolar, entendendo cada vez mais que, hoje, o futebol já não é nome, é um jogo coletivo, e que ‘zebras’ existem!”, declarou.
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