SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um policial civil foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (28) por suspeita de matar um homem a tiros dentro da igreja do Calvário, no bairro de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.
Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM) estava realizando patrulhamento na região quando foi acionada para atender a uma ocorrência de homicídio.
De acordo com registros da Polícia Civil, os agentes foram avisados de que o policial tinha fugido do local em um veículo Toyota Corolla preto após atirar contra um rapaz. Em uma busca, os guardas conseguiram localizar o carro abandonado na praça Benedito Calixto e prender o suspeito.
“Interpelado, o suspeito, falando coisas desconexas, não se identificou e admitiu que havia atirado em um indivíduo, sem esclarecer o porquê. Posteriormente, já algemado dentro da viatura, ele revelou que havia dispensado sua arma durante a fuga”, segundo o registrado pela Polícia Civil.
O caminho indicado pelo homem foi refeito pela GCM, que encontrou uma pistola Imbel, calibre 45, de propriedade da Polícia Civil, jogada em uma rua da região.
O homem atingido pelos disparos estava em uma sessão dos Narcóticos Anônimos que acontecia em um salão dentro da paróquia. Segundo o relato de testemunhas à polícia, os dois homens conversavam quando o policial passou a disparar contra a vítima, que ainda tentou sair do local, mas acabou caindo junto a uma árvore no pátio da igreja. Com ferimento na cabeça e nas costas, o homem não resistiu e morreu no local.
Após a prisão, o policial, que atua no 62ºDP, foi conduzido, junto com a arma do crime, à Corregedoria da Polícia Civil pela GCM.
Ainda segundo a SSP, o flagrante foi registrado e o policial deve ser encaminhado ao Presídio Especial da Polícia Civil.
O local onde o crime ocorreu foi preservado pela Guarda Civil Metropolitana até por volta das 9h30 da manhã desta segunda (28).
A identidade do policial e do rapaz morto não foram divulgadas, mas os Narcóticos Anônimos confirmaram que ambos eram frequentadores das reuniões do grupo, o policial há dez anos e o rapaz atingido pelos disparos há, aproximadamente, 45 dias.
A sessão, que acontecia na madrugada desta segunda-feira (28), faz parte de uma maratona de 24 horas do NA para atendimento aos frequentadores durante o Carnaval.
Ainda não se sabe qual foi a motivação do crime. A Secretaria de Segurança Pública afirma que todas as circunstâncias estão sendo apuradas.