Dia desses, viajei ao lado de um empresário famoso. Ele não é herdeiro, não é genro e nem cunhado de ninguém que lhe tenha dado impulso. Construiu seu pequeno império com reconhecido esforço, inteligência e pessoas a quem soube garimpar no mercado e mantê-las engajadas na missão de sua companhia.
Com a minha mania de entrevistar pessoas, não iria perder a chance de tornar aquela viagem memorável. Puxei conversa. E quando ele foi cordial, perguntei a que ele atribuía sua caminhada do nada ao pleno sucesso em seu segmento.
A resposta foi maravilhosa:
“Duas situações foram definitivas para me mostrar como eu devia trabalhar. Uma foi quando eu observei quão duro é para os operários de obras civis e na agricultura fazerem seu sustento. A outra foi quando saí de casa para ser independente e meu pai me disse: ‘Procure todos os dias uma maneira nova de fazer o seu trabalho melhor’. Sempre que eu me sentia desanimado, lembrava destas cenas, e sentia gratidão em lugar de me queixar! Foi isso que me inspirou”.
Que lição!
Eu, que vejo tantas empresas se exporem ao público como modelos de prosperidade quando estão edificadas sobre sonegação, exploração de funcionários e corrupção, sei muito bem quão autêntica foi aquela narrativa.
Quando os italianos dizem: “Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”, querem dizer que ‘de nada vale a bela roupa quando a essência é podre e desprovida de méritos’.
O mais lamentável, contudo, é vivermos num mundo que se pauta pela aparência e não por resultados consistentes daqueles que os obtêm através do esforço, da correção e do trabalho duro.
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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha der Londrina.
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