WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A ONU realiza nesta segunda-feira (28) uma reunião extraordinária da Assembleia-Geral para tratar da guerra entre Rússia e Ucrânia. O encontro, no qual representantes de cem países devem discursar, começou por volta das 10h em Nova York (12h em Brasília).
Sergei Kislitsia, representante da Ucrânia na ONU e primeiro embaixador a falar, começou seu discurso mostrando uma imagem impressa do que disse ser uma troca de mensagens de uma soldado morto na guerra.
“Mãe, estou na Ucrânia. Tem uma guerra real aqui. Estou com medo. Estamos atacando as cidades, mesmo civis. Eles disseram que as pessoas iriam nos receber bem, mas eles nos chamam de fascistas. Isso é tão difícil, mãe”, leu o embaixador na tribuna da ONU. “Isso foi minutos antes de ele ser morto.”
O embaixador disse que o começo da invasão russa lembra o começo da Segunda Guerra, cujas implicações para o futuro podem ser profundas. “Se a Ucrânia não sobreviver, a ONU não irá sobreviver. Não duvidem. Ainda podemos salvar a Ucrânia, a ONU, a democracia e os valores que acreditamos”
No começo da reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um novo apelo pela paz e condenou a invasão russa. “É uma violência inaceitável. Já chega. Os civis devem ser protegidos, e as fronteiras internacionais, respeitadas.”