A empresa norte-americana de consultoria de finanças esportivas Front Office Sports estimou os custos do primeiro Mundial do Oriente Médio em US$ 220 bilhões, mais de sete vezes a soma das duas últimas edições, Brasil 2014 e Rússia 2018. A informação foi publicada pelo site alemão DW. A explicação para uma quantia tão alta, segundo um especialista de finanças de futebol ouvido pelo site, é a antecipação de obras de infraestrutura que seriam necessárias no futuro.
People pose for photos next to a giant replica on the World Cup trophy in front of Stadium 974 on November 18, 2022 in Doha, Qatar, ahead of the Qatar 2022 World Cup football tournament. (Photo by David GANNON / AFP) | Foto: Lucio Flávio Cruz – Grupo Folha e Lúcio Flávio Moura/Especial para a FOLHA
Calor no inverno
Pela primeira vez na história a Copa do Mundo não será realizada no meio do ano. Tudo isso em razão das altas temperaturas no Catar. O Mundial foi transferido para os meses de novembro e dezembro, período de inverno no Oriente Médio. Mesmo assim, as temperaturas passam facilmente da casa dos 30ºC. Este será um problema, sobretudo para as seleções da Europa, que nesta época do ano tem temperaturas abaixo dos 10ºC. No treino da sexta-feira (18), a Inglaterra instalou ventiladores e borrifadores de água à beira do gramado para os jogadores se refrescarem.
A árbitra e o xeque
A assistente Neuza Inês Back, a primeira brasileira a compor a equipe de arbitragem de uma Copa do Mundo, tem uma recordação desagradável da família real do Catar. Na única vez que trabalhou no país, no final do Mundial de Clubes de 2020 entre Bayern e Tigres, ela foi ignorada pelo xeque Joaan bin Hammad Al Thani durante a cerimônia de premiação. Depois de saudar os homens com um cumprimento animado, ele ignorou completamente a catarinense.
Luta pelos direitos humanos
A escolha do Catar para sediar a Copa do Mundo desagradou a muitas nações, notadamente pelo país do Oriente Médio ser tradicionalmente um local que não respeita os direitos humanos. A Alemanha, um dos países mais críticos em relação ao anfitrião, está “pronta para pagar as multas” por seus posicionamentos, declarou o presidente da Associação Alemã de Futebol (DFB).
“Se houver sanções financeiras, a título pessoal estou pronto para pagar as multas”, disse Bernd Neuendorf. O goleiro Manuel Neuer e outros capitães prometem utilizar a braçadeira “One Love”, que celebra a diversidade e inclusão. Recentemente, a Fifa proibiu a Dinamarca de treinar com uniformes em apoio aos direitos humanos e pediu que as 32 seleções se concentrem no futebol.
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