O PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná recuou abaixo da média do país em 2020, primeiro ano da pandemia da Covid-19, um ano difícil para todo o Brasil. Esse fator acabou ajudando o nosso estado a superar o Rio Grande do Sul no ranking das maiores economias brasileiras. Assim, o Paraná encontra-se, agora, na quarta colocação.
Segundo divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base nos dados do SCR (Sistema de Contas Regionais), a soma de toda a riqueza do Paraná em 2020 ficou em R$ 487,93 bilhões.
É a segunda vez na história que o Paraná chega a esse posto (a última foi em 2013). O Paraná também registrou em 2020 a maior participação da história na formação do PIB nacional nas duas últimas décadas: 6,412%. O recorde anterior tinha sido em 2016 (6,409%). Em 2019 esse indicador ficou em 6,312%.
Em 2020, o Paraná foi superado por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, unidades da Federação cujas dimensões populacionais são bem maiores. Rio Grande do Sul (5°), Santa Catarina (6°) e Bahia (7°) fecham a lista das melhores colocadas no ranking.
Segundo o IBGE, em 2020, as 23 Unidades da Federação tiveram o recuo do PIB. A retração da economia do país foi de 3,3%. O Rio Grande do Sul teve queda de 7,2%, maior variação negativa do Brasil. Santa Catarina registrou perdas de 2,9%. São Paulo e Minas Gerais tiveram recuos de 3,5% e 3%, respectivamente.
A agropecuária foi a atividade econômica do Paraná que apresentou os melhores resultados e que, consequentemente, suavizou os impactos negativos da crise da Covid-19. Já o setor secundário do Estado foi prejudicado pela crise hídrica de 2020, o que afetou a produção de energia elétrica, atividade com grande peso na estrutura econômica paranaense.
Em condições climáticas mais favoráveis, a retração do ramo poderia ter sido menor, assim como a diferença em relação ao PIB nacional poderia ter sido ainda maior. Uma observação que vem em boa hora, levando em conta que os olhos do planeta se voltam para a COP27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), no Egito. Junto com questões de adaptação climática e mitigação dos gases do efeito estufa, a conferência trata também do impacto climático como ameaça para a estabilidade econômica.
Voltando à questão do PIB paranaense, a boa nova é que com o ritmo de crescimento da nossa economia em 2021 e 2022, a expectativa é de manutenção dessa quarta colocação no ranking nacional ao longo dos próximos anos. Segundo o Ipardes, na pesquisa trimestral, que é sempre mais recente, o PIB paranaense cresceu 2,94% no segundo trimestre de 2022 em relação ao trimestre imediatamente anterior. Os dados mostram que o Estado está acima do índice pré-pandemia, uma recuperação de 2,32% na economia.
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