Saiba quem são as vítimas das chuvas que arrasaram Petrópolis

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Na última terça-feira (15), Petrópolis foi arrasada por uma forte chuva, que destruiu regiões inteiras, deixando centenas de mortos e de desabrigados. Segundo a Polícia Civil, dos 117 corpos que estão no IML (Instituto Médico Legal), 57 foram identificados e 30 liberados. Do total, 77 são mulheres, 40 homens e 20 são menores de idade.

Ainda segundo a corporação, há pelo menos 116 pessoas desaparecidas.

Agentes da DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros) conseguiram encontrar com vida três pessoas que estavam na lista de desaparecidos. No entanto, outras 15 tiveram a morte confirmada.

O enterro daqueles que perderam a vida na tragédia começou na quarta-feira (16), quando Evelyn Luiza Netto, 11, foi enterrada. A prefeitura descartou a possibilidade de fazer um grande enterro coletivo, “para respeitar a programação dos familiares”, e agendou um a cada cerca de 30 minutos. Reforçou ainda o número de profissionais para exumação e sepultamento e cavou novas covas rasas.

Além de Evelyn, os corpos de pelo menos 18 pessoas foram enterrados até o fim da tarde de quinta.

São eles os de Quele Monique Ferreira de Souza Costa, 37, Glaucio Goebel, 56, Pablo Nunes Carvalho, 38, Fábio Aniceto da Costa, 44, Yasmin Eliseu Alves, 20, Zilmar Batista Ramos, 54, João Carlos de Melo Montes, 15, Maria Clara Martins de Castro Souza, 16 , Heloise Listenberg Rodrigues, 2, Gustavo Listenberg Rodrigues, 5, Debora Listenberg Moreira, 22, Maria Helena Lourenço Juliano, 65, Eva Afonso da Silva, 79,

Alessandra Gomes de Freitas, Gustavo de Souza Coutinho, 47, Marco Aurélio da Costa Barcia, Marineuza dos Santos Silva. Nem todos tiveram os nomes divulgados.

Saiba quem são algumas das vítimas

Micael da Silva Dias

A mãe de Micael, 2, usou as redes sociais na noite de terça-feira para tentar localizar o filho, que naquele momento estava desaparecido. Nesta quarta-feira, porém, o corpo da criança foi encontrado embaixo de um carro. A casa em que ele estava com o pai foi atingida por uma enxurrada e ele acabou sendo carregado pela correnteza.

Marco Aurélio da Costa Barcia

Tinha 58 anos e desapareceu após sair de casa durante o temporal. Foi visto pela última vez às 16h na rodoviária tentando pegar um ônibus. Na quarta-feira, o tio de Marco usou as redes sociais para dizer que o sobrinho havia sido encontrado sem vida nas margens do rio Piabanha.

Débora Lichtenberger Moreira

A jovem tinha 22 anos e morreu ao lado dos dois filhos: Gustavo Lichtenberger Rodrigues, 5, e Heloise Lichtenberger Rodrigues, 2. O menino mais velho ainda chegou a ser levado ao hospital com vida, mas não resistiu. Segundo uma amiga, Débora foi encontrada como se mexesse no celular quando o muro de concreto de sua casa caiu sobre ela com a força de uma tromba d’água.

Yasmin Eliseu

A família estava sem notícias da jovem desde que o temporal castigou Petrópolis. Ela estava em um ônibus que foi invadido pelas águas perto de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A última mensagem que ela mandou para uma amiga foi enviada às 17h55. “Quero minha casa”, escreveu a jovem. Na quarta, a mesma amiga usou as redes sociais para informar que ela foi encontrada sem vida.

Maria Eduarda Carminate

A jovem de 17 anos foi encontrada morta após ter sido soterrada durante o temporal. Na quarta, Gizelia Carminate, a mãe da adolescente, usou uma enxada para encontrar o corpo da filha em meio aos escombros. A jovem foi enterrada na manhã desta sexta-feira (18).

Taylane de Souza dos Santos e Ana Clara da Fonseca

As primas Taylane de Souza dos Santos e Ana Clara da Fonseca, ambas com 13 anos, foram arrastadas pela lama quando filmavam uma enxurrada que jorrava no terreno da família. Segundo os pais, Taylane era extrovertida e alta como a avó.

Maria de Fátima dos Anjos Vicente

Segundo Emídio Júlio Vicente, 43, filho da vítima, ela estava em casa, no Morro da Oficina, quando o temporal começou. Além de Maria de Fátima, 64, morreram o esposo, a sogra dela e três crianças. “Ali é uma lage de pedra, escorregou e desceu tudo. Já tinha caído outras coisas antes, mas coisas pequenas. Rolado pedra, barreirinha pequena, não imaginava que ia descer aquela coisa enorme”, disse Emídio.

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