Morte de 38 crianças e adolescentes não têm relação com vacina, diz Saúde

Brasília – O Ministério da Saúde disse em um documento que das 38 mortes de crianças e adolescentes que tomaram a vacina contra a Covid-19 não houve a confirmação de nenhum óbito causado pelo imunizante. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autoriza o uso da Coronavac, do Instituto Butantan, e a vacina da Pfizer nesse público. Os dados constam em um boletim epidemiológico da pasta divulgado na terça-feira (26). 

Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress O documento aponta que foram notificados 3.463 casos de efeitos adversos na faixa etária de 5 a 17 anos |  Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress 

 “Até o momento, não há registro de EAPV [eventos adversos pós-vacinação] com desfecho óbito na faixa etária de cinco anos a menores de 18 anos com relação causal com as vacinas utilizadas confirmada”, informa o documento.  

Foram 23 mortes classificadas como eventos inconsistentes ou coincidentes, ou seja, eventos adversos causados por outras condições de saúde, muitas vezes preexistentes, e não pelas vacinas. Outros 13 que foram inclassificáveis devido à necessidade de informações. Dois tinham dados da investigação conflitantes em relação à causalidade.  

O documento aponta que foram notificados 3.463 casos de efeitos adversos na faixa etária de 5 a 17 anos. Desse total, 419 (12,1%) foram graves e 38 resultaram em morte. 

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A média de idade foi de 13 anos, variando entre 5 e 17 anos, e mesma proporção de sexo. “O intervalo de tempo entre a vacinação e o início do evento teve uma mediana de 30 dias, variando entre 0 e 352 dias, onde quatro eventos ocorreram com mais de 30 dias após a vacinação, evidenciando uma relação temporal inconsistente de acordo com a classificação de EAPV”, aponta o documento.  

A Anvisa autorizou o uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças e adolescentes a partir de cinco anos no ano passado. Já a vacina Coronavac teve a autorização de ser usada em crianças e adolescentes a partir de 6 anos em janeiro deste ano.  

O pedido do Instituto Butantan era para utilizar as doses em crianças a partir de 3 anos. No entanto, a agência reguladora entendeu que não existem dados suficientes para reduzir a vacinação contra a Covid-19 até essa idade.  

No dia 5 de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde anunciou que crianças receberiam a vacina sem a necessidade de apresentação de prescrição médica. A campanha de vacinação foi aberta na última sexta (14) em São Paulo. O primeiro imunizado foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de 8 anos. 

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